Sabedoria do Verbo Divino
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Sabedoria Ancestral

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Mensagem  dorito Qui 26 maio 2011, 4:12 pm

O Bhagavad-Gita - Capítulo quatro
Caminho da Renúncia pelo Conhecimento

Karma-Yoga é um Antigo Mandamento Esquecido

O Senhor Krishna disse: Eu ensinei este Karmayoga, a ciência eterna da reta-ação, para o rei Visvavan; Visvasvan ensinou-o a Manu; Manu ensinou-o para Ikshvaku. Deste modo, os santos reis conheceram esta ciência da ação própria (Karmayoga), passando para as próximas gerações sucessivamente. Após um longo tempo, esta ciência perdeu-se por sobre a Terra. Hoje, eu descrevi esta mesma ciência antiga para você, porque você é meu devoto sincero e amigo. Esta ciência é, realmente, um mistério supremo (4.01-03).

Karma-yoga, discutido no capítulo anterior, foi declarado pelo Senhor como a suprema ciência secreta da reta-ação. De acordo com Swami Karmananda, ninguém pode praticar karmayoga, ou, mesmo entendê-la, a menos que o Senhor em si mesmo revele Sua ciência secret.

Arjuna disse: Você nasceu depois, mas Visvasvan nasceu nos tempos antigos. Como posso eu entender que Você ensinou esta ciência no começo da criação? (4.04)

Arjuna questiona Krishna, um contemporâneo seu, como é que ele pôde ensinar esta ciência de Karmayoga para o rei Visvavan, que nasceu nos tempos da aurora do mundo, muito antes de Krishna. A doutrina do Bhagavad-gita não possui mais do que cinco mil anos de idade; e aquilo é muito antigo. O Senhor Krishna fala novamente no Gita para o benefício da humanidade, com ele todos os grandes mestres recuperam-se, acendendo o fogo da verdade esquecida. Pessoas diferentes tem dito: nós o ouvimos e o lemos em tempos diferentes.

O Propósito da Incarnação de Deus

O Senhor Krishna disse: ambos, você e Eu, tivemos muitos nascimentos. Eu me lembro de todos eles, Ó Arjuna, mas você não se lembra. (4.05)

Apesar de Eu ser eterno, imutável, e o Senhor de todos os seres, todavia, Eu me manifesto pelo controle da natureza material, usando minha própria energia potencial. (4.06 - veja, também, 10.14)

A divina energia cinética (Maya) é sobrenatural; extraordinário e místico poder de Deus. A natureza material é considerada o reflexo de Maya. Diz-se que o Senhor criou Maya que nos engana e nos controla. A palavra "Maya", também significa o irreal, ilusório, ou enganadora imagem da realidade. Devido ao poder de Maya, alguém considera o universo existente e distinto do Ser Supremo. A luz eterna é invisível energia potencial; Maya é energia ciência, a força de ação do Senhor. Eles são inseparáveis como o fogo e o calor. Maya é também usada como sendo uma metáfora para explicar o mundo visível para as pessoas.

Toda a vez que há um declínio do Dharma (reto-agir; Justiça) e a predominância de Adharma (injustiça), Ó Arjuna, Eu Me manifesto. Eu apareço de tempos em tempos para proteger os bons, para mudar os malvados, e restabelecer a ordem no mundo (Dharma). (4.07-08)

O Ser Supremo é tanto divino como humano (AV 4;16;08). Os profetas aparecem de tempos em tempos como revelação divina preocupando-se com o bem-estar da sociedade. A toda hora nascem canalhas para destruir a ordem do mundo (Dharma), e o Bom Senhor incarna-se para colocar as coisas no seu devido equilíbrio (VR 7.08.27). Sua compaixão é a principal razão para as Suas incarnações (SBS 49). Existem outras razões, além da proteção da justiça (Dharma), para as incarnações do Senhor. O Ser Supremo, o qual está além do nascimento e da morte, incarna-se na forma humana através de uma grande alma para satisfazer as saudades dos devotos que querem vê-lO, e estar na sua presença pessoal. O santo Tulasidasa disse: "Apesar de ser destituído de atributos materiais, independente, e imutável, mesmo assim, pelo amor de Seus devotos, o Senhor assume a forma com atributos (TR 2.218.030).

O senhor executa muitas coisas comuns, humanas, e também incomuns e passatempos controversos, justamente para agradar Seus devotos ou para acertar as coisas. O seres humanos comuns não podem entender as razões por detrás destes passatempos e, portanto, apressam-se no julgamento das atividades do Senhor quando Ele incarna. Grandes personalidades e encarnações são algumas vezes percebidas como tendo ações contrárias às regras escriturais, assim como um rei possui a liberdade de quebrar certas regras. Estes atos são realizados por um propósito muito bom, com uma razão além da compreensão humana. Não se deve criticar e nem seguir tais atos.

Ramakrishna disse que viveria num corpo sutil por trezentos anos nos corações e nas mentes dos seus devotos. Yogananda disse: "Enquanto as pessoas neste mundo estão chorando por ajuda, eu retornarei para ocupar meu barco e oferecê-lo para guiá-los para a margem celeste".

Aquele que verdadeiramente entende Minha aparência transcendental, e atividades da criação, manutenção, e dissolução, alcança Minha Suprema Morada, e não volta a nascer após abandonar este corpo, Ó Arjuna (4.09).

Desenvolve-se amor a Deus por estudar e ouvir o nascimento transcendental e os atos travessos do Senhor, como é narrado pelos santos e sábios nas escrituras. O verdadeiro entendimento da natureza transcendental das formas do Senhor, Sua incarnação e Suas atividades, é o auto-conhecimento que conduz à salvação.

Muitos têm se tornado livres do apego, medo, ira e alcançam a salvação por refugiarem-se em Mim, tornando-se completamente absorvidos em pensamentos em Mim, e por receber a purificação do fogo do auto-conhecimento (4.10)

Caminho da Adoração e Oração

Não importa o motivo que as pessoas Me adoram, Eu, conseqüentemente, realizo os seus desejos. As pessoas Me adoram com diferentes motivos (4.11)

Peça e você irá receber; procure e você irá encontrar; bata, e a porta será aberta para você (Lucas, 11.09). É devido a divina ilusão (Maya) que a maioria das pessoas procuram, temporariamente, ganhos materiais como saúde, riqueza e sucesso, e não auto-conhecimento e devoção aos pés de lótus do Senhor.

Aqueles que estão ansiosos por sucesso em seu trabalho neste mundo adoram os controladores celestes. O sucesso no trabalho chega rapidamente neste mundo humano (4.12).

Você daria uma pedra ao seu filho quando ele lhe pedisse um pão? (...) O Pai no céu dará boas coisas para aqueles que pedirem para Ele (Mateus, 7.09-11). Quando você pedir por alguma coisa em oração tenha fé, e acredite que você recebeu isto, e isso será dado para você (Marcos, 11.24). Em oração pede-se ajuda ao Senhor e recebe-se o se que necessita; com devoção adora-se, glorifica-se e se agradece a Ele pelo que se tem. Primeiramente seja consciente e observe o seu empenho, sinta-se auxiliado em sair da dificuldade, então procure ajuda divina - pela oração - num estado de ajuda com fé intensa. O Senhor dará os primeiros passos se você conhecer sua dificuldade, e tentará auxiliá-lo na transformação. Descubra-se a si mesmo - abra-se, confesse - para o Senhor enquanto você está rezando, seja específico no que você pedir, e clame por Sua ajuda.

Todos os que rezam são respondidos; mas o rezar para o benefício dos outros é concedido como primeira prioridade. O Senhor realmente conhece nossas necessidades o tempo todo, e simplesmente espera para ser convidado para ajudar-nos, devido ao nosso livre arbítrio. Meditação é o escutar de Deus pela tranqüilidade da mente, e assumindo uma postura receptiva para ouvir as instruções do Senhor, percepções e revelações. Por exemplo, abrace a atitude: Obrigado por atender minhas preces e por tudo que Você deu para mim, mas agora o que Você quer que eu faça com o que Você tem me dado? Então, tendo dito isto, estando sempre alerta, tente escutar. Reze de forma que você possa falar com Deus e contar a Ele como você está e o que você fez. Medite então que Deus pode, efetivamente, dizer a você o que você necessita fazer.

A Divisão do Trabalho Está Baseada na Aptidão da Pessoa

Eu criei as quatro divisões da sociedade humana baseado na aptidão e na vocação. De qualquer forma, Eu sou o autor deste sistema de divisão do trabalho; deve-se saber que Eu não faço nada diretamente, e que Eu sou eterno (4.13). Veja também, 18.41.

O trabalho, ou Karma, não prendem a Mim, porque Eu não possuo desejo pelos frutos do trabalho. Aquele que plenamente entende, e pratica esta verdade, também não fica atado pelo Karma (4.14).

Aqueles que querem ser os primeiros deverão ser o servo de todos (Marcos 10.44). Todos os trabalhos, incluindo orações, devem ser direcionados para uma causa justa, e, de preferência, para um ganho pessoal honesto.

Os antigos buscadores da salvação, também, realizaram suas obrigações sem interesse pelos frutos. Portanto, você deve realizar as suas obrigações como os antigos fizeram (4.15).

Apego, Desapego, e Ações Proibidas

Mesmo um sábio confunde-se sobre o que é ação e o que é inação. Portanto, Eu explicarei claramente o que é ação; conhecendo isto se é liberado do mal do nascimento e da morte (4.16).

A verdadeira natureza da ação é muito difícil de ser entendida. Portanto, deve-se conhecer a natureza da ação apegada, a natureza da ação desapegada, e, também, a natureza da ação proibida (4.17).

A ação apegada é o trabalho egoísta, feito no modo da paixão, que produz o cativeiro kármico e conduz a reencarnação. A ação desapegada é o serviço altruísta, feito no modo da bondade, que conduz à salvação. A ação desapegada é considerada inação porque, pelo ponto de vista kármico, não há execução de ação. A ação proibida pelas escrituras, feita no modo da ignorância, é a que causa danos, tanto para sociedade como para o fazedor da ação; ela gera desgraça no presente e no futuro.

Um Karma-Yogi não está Sujeito ás Leis Kármicas

Aquele que vê a inação na ação e a ação na inação, é uma pessoa sábia. Tal pessoa é um yogi e possui tudo por completo (4.18). Veja, também, 3.05; 3.27; 5.28 e 13.29

Todos os atos são atos do Ser Supremo, o ator inativo. A Bíblia diz: "As palavras que você fala não são suas; elas vêm do Espírito do seu Pai (Mateus, 10.20). O sábio percebe o inativo, infinito e invisível reservatório da energia potencial do Supremo como a origem última de toda a energia cinética no cosmos, da mesma forma que a eletricidade invisível faz girar um ventilador. O motivo e o poder da ação vêm do Ser Supremo. Portanto, deve-se espiritualizar todo o trabalho pela percepção de que nada se faz em nada, e que tudo comporta-se de acordo com a energia do Ser Supremo, usando-nos somente como um instrumento.

Aquele cujos desejos tenham se tornado livres do egoísmo, tendo sido tostado pelo fogo do auto-conhecimento, é chamado de sábio pelo sábio (4.19)

Aquele que abandonou ao apego egoísta pelos frutos do trabalho, e que permanece sempre contente, dependente do Deus único, tal pessoa - apesar de ocupada em atividade - nada faz que incorra em reação kármica (4.20)

Aquele que está livre dos desejos, cuja mente e sentidos estão sob controle, e que tem renunciado todo o direito de propriedade, não incorre em pecado - a reação kármica - por realizar ação material (4.21).

Um Karmayogi - que está contente com qualquer ganho advindo naturalmente da Sua vontade; que não se afeta pelo par de opostos; que está livre da inveja; que é tranqüilo no sucesso e no fracasso - não é atado pelo Karma (4.22).

Todas as obrigações de um Karmayogi - que está livre do apego, em que a mente está fixa no auto-conhecimento, e que faz o trabalho como um serviço para o Senhor - desfazem-se (4.23).

O divino espírito é a causa transformadora de tudo. A Divindade (Brahman, o Ser, o Espírito) será realizada por aqueles que consideram tudo como uma manifestação (ou um ato) do Divino (4.24). Veja, também, 9.16.

A vida, em si mesma, é um eterno queimar do fogo onde a cerimônia de sacrifício é fixa e continuada. Cada ação deve ser pensada como sendo um sagrado sacrifício; um ato sagrado. Tudo não é o Ser Supremo, mas o Ser Supremo é a raiz ou base de tudo. Alcança-se a salvação e nos tornamos uno com o Ser Supremo quando percebe-se que o Ser Supremo em toda a ação; percebe-se as coisas que se usa como transformação do Ser Supremo e entende que o completo processo de toda a ação é também o Ser Supremo.

Diferentes Tipos de Práticas Espirituais ou Sacrifícios

Alguns yogis realizam o serviço de adoração aos controladores celestiais, enquanto outros estudam as escrituras para o auto-conhecimento. Alguns controlam os seus sentidos e abandonam seus prazeres sensuais. Outros, realizam respiratórios, e outros oferecem sua riqueza como um sacrifício (4.25-28)

Há os que se ocupam nas práticas yóguicas, alcançando o estado de transe do cessar do movimento do alento, pelo oferecer a inalação dentro da exalação, e da exalação dentro da inalação, como um sacrifício (pelo uso da respiração curta, nas técnicas de Kriya yoga) (4.29).

O profundo significado espiritual e a interpretação de práticas yóguicas nos versos: 4.29, 4.30, 5.27, 6.13, 8.10, 8.12, 8.13, 8.24, e 8.25, não podem ser explicados aqui. Eles devem ser adquiridos de um mestre auto-realizado em Kriyayoga.

O processo de respiração pode ser resumido a seguir por: (1) Vigiar a respiração no movimento de ir e vir do diafragma, prestando atenção como as ondas do mar, sobem e descem; (2) Praticando a respiração diafragmática (ou respiração profunda yóguica), e (3) Usando as técnicas yóguicas e o Kriyayoga. A meta da prática yóguica é alcançar a superconsciência ou estado de transe respiratório pelo controle gradual do processo respiratório.

Outros restringem suas dietas e oferecem suas inalações como um sacrifício dentro de suas inspirações respiratórias. Todas estas pessoas são conhecedoras do sacrifício e suas mentes tornam-se purificadas pelos seus sacrifícios (4.30).

Aqueles que realizam o serviço desapegado obtém o néctar do auto-conhecimento, como um resultado de seus sacrifícios, e alcançam o Ser Supremo. Ò Arjuna, se este mundo não é um lugar feliz para o que não realiza sacrifícios, como querer que o outro mundo seja? (4.31) Veja, também, 4.38 e 5.06.

Muitos tipos de disciplinas espirituais estão descritas nos Vedas. Saiba que todas elas são a ação do corpo, mente e sentidos, movimentadas pelas forças da natureza. Compreendendo isto, se alcançará o Nirvana, ou salvação (4.32) Veja, também, 3.14.

Para alcançar a salvação a disciplina espiritual ou sacrifício devem ser realizados como um obrigação, sem apego, e com pleno entendimento que não se é, por si próprio, o fazedor.

Adquirir o Conhecimento Transcendental é uma Prática Espiritual Superior

A aquisição e a propagação do auto-conhecimento é superior a qualquer ganho material ou presente, porque a purificação da mente e a inteligência, no final das contas, conduz para a aparição do conhecimento transcendental e auto-realização - o único propósito de qualquer prática espiritual (4.33).

Adquire-se este conhecimento transcendental de um mestre auto-realizado, pela humilde reverência, pela investigação sincera, e pelo serviço. Alguém autorizado, que possua a verdade realizada, irá ensinar você (4.34).

O contato com grandes almas, que têm realizado a verdade, auxilia muito. Ler as escrituras, dar caridade, e fazer praticas espirituais, por si só, não dão a realização em Deus. Somente uma alma realizada em Deus pode despertar e acender outra alma. Mas um guru não pode dar a fórmula secreta para a auto-realização sem a graça do Senhor. Os Vedas dizem: "Aquele que conhece a terra dá a direção para aquele que não conhece e pergunta" (RV 9.7009). Diz-se, também, que os preceitos da verdade são essencialmente processo individual. As pessoas descobrem a verdade através dos seus próprios esforços; têm que remar o seu barco através das águas turbulentas deste mundo material.

Os Vedas proíbem a venda de Deus de qualquer forma. Eles dizem: "Ó poderoso Senhor de incontável riqueza, eu não venderei a vós por qualquer preço" (RV 8.01.05). A função de um guru é a de um guia e filantropo, não um tomador. Antes de aceitar um guru humano, deve-se primeiro possuir - ou desenvolver - plena fé no guru e desconsiderar as suas fraquezas humanas, pegando as pérolas do conhecimento com sabedoria e jogar fora as cascas das ostras. Se isto não é possível, deve-se lembrar que a palavra "guru" também significa luz ou auto-conhecimento, que dissipa a ignorância e a ilusão; e a luz chega - de forma automática - do Ser Supremo, o guru interno, quando a mente de alguém está purificada pelo serviço altruísta, pela prática espiritual e pela rendição.

Existe quatro categorias de gurus: o falso guru, o guru, o guru realizado, e o guru divino. Nesta era, muitos falsos gurus estão vindo para ensinar ou entregar um mantra por um preço. Estes falsos gurus são comerciantes de mantra. Eles pegam o dinheiro de seus discípulos para satisfazer as suas necessidades materiais sem dar o verdadeiro conhecimento do Ser Supremo. Jesus disse: "Tome cuidado com os falsos profetas; eles chegam até você parecendo como cordeiros por fora, mas eles realmente são como lobos por dentro (Mateus, 7.15). O Santo Tulasidasa disse que um guru que pega dinheiro dos seus discípulos, e nada faz para remover a sua ignorância, vai para o inferno (TR 7.98.04). Um guru é alguém que transmite conhecimento verdadeiro, e completo entendimento sobre o Absoluto quanto leigo. Um guru realizado é um mestre auto-realizado mencionado aqui neste verso. Um guru realizado auxilia o devoto a manter a consciência em Deus todo o tempo, por seu próprio e garantido poder espiritual.

Quando a mente e a inteligência são purificadas, o Senhor Supremo, o guru divino, reflete-se em si mesmo na psique interior de um devoto e envia um guru ou um guru realizado para ele. Um guru real é um filantropo. Ele nunca pede qualquer dinheiro ou um pagamento de um discípulo, porque ele somente depende de Deus. Um guru real não pedirá qualquer coisa de um discípulo para um ganho para si ou mesmo para a sua organização. De qualquer modo, um discípulo está obrigado a fazer o melhor que pode para auxiliar a causa do guru. Diz-se que não se deve aceitar qualquer pagamento de um aluno sem entregar plena instrução e entendimento do Absoluto, energia cinética divina (Maya), natureza material temporária, e a vivência da realidade (BrU 4.01.02).

Nosso próprio espírito interior é nosso guru divino. Os professores externos somente nos auxiliam no começo da jornada espiritual. Nossa própria mente - quando purificada pelo serviço desapegado, oração, meditação, adoração, canto silencioso dos nomes do Senhor, canto congregacional dos sagrados nomes, e estudo das escrituras - torna-se o melhor canal e guia para a corrente do conhecimento divino (Veja também os versos do Bhagavad-gita, 4.38 e 13.22). O Ser divino dentro de todos nós é o nosso guru real, e deve-se estudar como afinar-se com Ele. Diz-se que não há guru maior do que a sua própria mente. A mente pura torna-se um guia espiritual e o divino guru interno conduz a um guru real e a auto-realização. É dito comumente que um guru aparece quando a pessoa está pronta. A palavra "guru" também significa "vasto", e é usado para descrever o Ser Supremo - o guru divino e o guia interno.

O mestre espiritual sábio desaprova a idéia de um serviço pessoal cego, ou o culto ao guru, o qual é muito comum na Índia. Um mestre auto-realizado diz apenas que Deus é guru, e que todos são discípulos d´Ele. O discípulo deve ser como uma abelha procurando mel nas flores. Se uma abelha não obtém mel de uma flor, ela vai imediatamente para outra flor e permanece nela todo o tempo que recebe néctar. Idolatria e adoração cega por um guru humano causa danos tanto para o discípulo como para o guru.

Após conhecer a ciência transcendental, Ó Arjuna, você não tornará a iludir-se deste jeito. Com este conhecimento você verá a criação inteira dentro do seu Ser Superior, e, assim, dentro de Mim (4.35). Veja, também, 6.29-30. 11.07; 13.

A mesma força vital do Ser Supremo reflete-se em todos os seres vivos, sustentando a atividade deles. Portanto, todos estamos conectados com uns aos outros como parte ou parcela do Ser. Na aparição da iluminação ligamo-nos com o Absoluto (Bgita 18.55), e todas as diversidades aparecem como nada mais que a expansão da unidade do Ser supremo.

Mesmo se alguém for o maior pecador de todos os pecadores, poderá cruzar o rio do pecado pela balsa do auto-conhecimento (4.36).

O fogo do auto-conhecimento reduz todas as amarras do Karma a cinzas, Ó Arjuna, como a chama do fogo reduz a madeira a cinzas (4.37).

A Bíblia, também, diz: "Você conhecerá a verdade e a verdade irá libertá-lo (João, 8.32). O fogo do auto-conhecimento queima todo o Karma passado - a causa raiz da reencarnação das almas - de modo como o fogo queima instantaneamente uma montanha de algodão. As ações presentes não produzem qualquer karma novo, porque o sábio conhece que todo o mundo é feito pelas forças da natureza; portanto, eles não são os executores. Dessa forma, quando surge o auto-conhecimento, somente uma parte do karma passado, conhecida como destino, que é responsável pelo nascimento presente, foi exaurida diante da liberdade da transmigração, alcançada pela pessoa iluminada.

O corpo físico e a mente geram novo Karma. O corpo sutil carrega o destino; e o corpo causal é o repositório do Karma passado. O Karma produz o corpo, e o corpo gera Karma. Deste modo, o ciclo de nascimentos e mortes continua indefinidamente. Apenas o serviço sem egoísmo pode quebrar este ciclo, e o serviço sem egoísmo não é possível sem o auto-conhecimento. Assim, o conhecimento transcendental quebra as amarras do Karma e conduz a salvação. Este conhecimento não pode manifestar-se numa pessoa pecaminosa - ou em qualquer pessoa cujo tempo de receber o conhecimento espiritual não chegou.

Perda e ganho, vida e morte, fama e infâmia, deitam-se nas mãos do seu Karma. O destino é todo-poderoso. Assim sendo, você não deve odiar nem culpar a ninguém (TR 2.171.01). As pessoas conhecem virtude e vício, mas a sua escolha é ordenada pelo destino ou pegadas kármicas, porque a mente e a inteligência são controlados pelo destino. Quando o sucesso não vem, apesar dos melhores esforços, pode-se concluir que o destino precede o esforço.

O conhecimento Transcendental é Automaticamente Revelado para o Karma-Yogi

Verdadeiramente, não há nada mais puro neste mundo do que o conhecimento do Ser Supremo. Aquele que descobre este conhecimento interiormente, de forma natural, no curso do tempo, quando suas mentes estão limpas e livres do egoísmo pelo KarmaYoga (veja, também, 4.31; 5.06 e 18.768) (4.38).

O fogointenso da devoção por Deus queima todos os karmas, purifica e ilumina a mente e o intelecto, como a luz do sol ilumina a Terra (BP 11.03.40). O serviço sem egoísmo deve ser realizado na melhor de nossas habilidades, até que a purificação da mente seja alcançada (DB 7.34.15). O verdadeiro conhecimento do Ser é reflete-se automaticamente numa mente sem egoísmo, e apronta para receber o auto-conhecimento. O serviço sem egoísmo (KarmaYoga) e o auto-conhecimento são, assim, as duas asas para alcançar a salvação.

Aquele que possui fé em Deus, e é sincero na prática yóguica e por sobre o controle da mente e dos sentidos, recebe este conhecimento transcendental. Tendo recebido este conhecimento, rapidamente alcança-se paz Suprema ou liberação (4.39).

As chamas da tristeza mental e do sofrimento, nascidos dos apegos, podem ser completamente extintos pela água do auto-conhecimento (MB 3.02.26). Não há fundamento para pensamentos e ações sem o auto-conhecimento.

O irracional, o sem fé, e o incrédulo (ateísta), perecem . não há nada neste mundo nem no mundo vindouro, nem alegrias, para um incrédulo (4.40).

Tanto o Conhecimento Transcendental como o Karma Yoga são Necessários para o Nirvana

O trabalho não ata uma pessoa que o renunciou - renunciando os frutos do trabalho - através do KarmaYoga e cuja confusão a respeito do corpo e do espírito é completamente destruída pelo auto-conhecimento, Ó Arjuna (4.41).

Portanto, corte a ignorância nascida da confusão a respeito do corpo e do Espírito pela tesoura do auto-conhecimento, refugiando-se no KarmaYoga, e levante-se para a guerra, Ó Arjuna (4.42).


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Mensagem  dorito Qui 26 maio 2011, 4:16 pm

Há dois tipos de avatares: Os 'Amshavatares' e os 'Purnavatares'. Amshavatares somos todos nós, seres humanos que não deixamamos de ser encarnações divinas, porém ainda presos em menor ou maior grau às ilusões de Maya(Matrix), vivendo vidas mundanas e escravos de apegos e vícios das mais variadas formas. Os Purnavatares são os que já transcenderam as ilusões mundanas, manifestando sua divindade plena para o mundo em vida; como Buda, Jesus, e muitos outros. Estes últimos estão completamente livres das dificuldades e limitações do mundo físico.

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Quem é Babaji?

Em 1946, Paramahansa Yogananda, um dos maiores iogues da Índia moderna, revelou em seu clássico “Autobiografia de um Iogue”, a existência de um santo Crístico, um iogue imortal, Mahavatar Babaji. Yogananda relatou como Babaji tem vivido por séculos nos Himalaias guiando muitos professores espirituais à distância, geralmente sem que eles mesmos soubessem. Babaji foi um grande siddha, destes que superaram as limitações humanas, e que trabalham silenciosamente, nos bastidores da evolução espiritual de toda a humanidade. Paramahansa Yogananda revelou também que foi Babaji quem ensinou uma poderosa série de técnicas iogues, conhecida como “Kriya Yoga”, a Lahiri Mahasaya, por volta de 1861, e que subseqüentemente iniciou muitos outros, incluindo o guru Crístico de Yogananda, Sri Yukteswar, uns trinta anos mais tarde. Yogananda passou 10 anos com seu guru antes que o próprio Babaji lhe aparecesse, e lhe orientasse para trazer a ciência sagrada da Kriya Yoga ao ocidente. Yogananda cumpriu esta sagrada missão de 1920 a 1952, quando deixou seu corpo e alcançou o estado iogue do mahasamadhi. Como um tributo final à eficácia da Kriya Yoga e aos abençoados de sua linhagem, o corpo de Yogananda não se deteriorou durante os 21 dias em que ficou exposto, antes de ser enterrado em uma cripta em Los Angeles. O dia 7 de Março de 2002 marcou o 50º aniversário da passagem notável de Yogananda. Quando seus restos mortais foram transferidos a um santuário permanente de “samadhi” em março de 2002, milhões em torno do mundo recordaram com gratidão o legado que Yogananda lhes havia deixado.



Kriya Babaji se revela

No sul da Índia, Babaji preparou, desde 1942, duas almas para a tarefa de disseminar sua Kriya Yoga: S.A.A. Ramaiah, um jovem estudante graduado em geologia na universidade de Madras e V.T. Neelakantan, um jornalista famoso e um estudante próximo de Annie Besant, presidente da sociedade de Teosofia e mentor de Krishnamurti. Babaji apareceu a cada um deles independentemente e então os reuniu a fim trabalharem para a sua missão. Em 1952 e 1953 Babaji ditou três livros a V.T.Neelakantan: “A voz de Babaji e o Misticismo revelado” (The Voice of Babaji and Mysticism Unlocked), “A chave mestra de Babaji para todos os males” (Babaji's Masterkey to All Ills) e “ A morte da morte de Babaji” (Babaji's Death of Death). Babaji revelou-lhes sua origem, sua tradição, e sua Kriya Yoga. Fundaram em 17 de outubro de 1952, a pedido de Babaji, uma nova organização, a “Kriya Babaji Sangah”, dedicada ao ensino do Kriya Yoga de Babaji. Os livros criaram uma sensação na ocasião de sua publicação e foram distribuídos por toda a Índia. A SRF (Self Realization Fellowship) tentou reprimir os livros e a própria Kriya Babaji Sangah, e foi preciso a intervenção do então primeiro-ministro da Índia, Pandit Nehru, que era um amigo de V.T. Neelakantan, para conter seus esforços. Em 2003, a Ordem de Acharyas (professores) do Kriya Yoga de Babaji (Babaji's Kriya Yoga Order of Acharyas) reimprimiu estes três livros em um só volume chamado “A Voz de Babaji”.

É no livro “A chave mestra de Babaji para todos os males” que Babaji revela sua resposta à pergunta “Quem sou Eu”. A resposta revela, essencialmente, que quando nós soubermos finalmente quem somos, nós saberemos quem é Babaji. Isto é, Babaji não pode ser identificado com uma personalidade humana limitada, ou com uma série de eventos de vida, ou mesmo com seu corpo transformado divinamente. Entretanto, revela também nestes escritos, pela primeira vez, um número de detalhes preciosos sobre a história da sua vida, a fim esboçar-nos o caminho da Auto-realização, que qualquer um pode aspirar. Estes detalhes foram documentados subseqüentemente no livro “Babaji e os 18 Siddhas - A tradição do Kriya Yoga” (Babaji and the 18 Siddha Kriya Yoga Tradition).

À Babaji foi dado o nome “Nagaraj”, que significa “o rei serpente”, referindo-se à “kundalini”, nosso grande potencial divino de poder e de consciência. Ele nasceu no dia 30 de novembro do ano 203 a.C., em uma pequena vila litorânea, hoje conhecida como Parangipettai, no Tamil Nadu, Índia, perto de onde o rio Cauvery corre para o Oceano Índico. Seu nascimento coincidiu com a ascendência (Nakshatra) da estrela de Rohini, a mesma sob a qual Krishna também nasceu. O nascimento ocorreu durante a celebração do Kartikai Deepam, o Festival das Luzes, na noite antes da lua nova durante o mês Tamil de Kartikai. Seus pais eram Nambudri Brahmins que haviam imigrado da costa de Malabar, no lado ocidental do sul da Índia. Seu pai era sacerdote no templo de Shiva desta vila, que é hoje um templo dedicado a Muruga, filho de Shiva.

Na idade de 5 anos, Nagaraj foi seqüestrado por um mercador e trazido como escravo ao que é hoje Calcutá. Um rico comerciante comprou-o, somente para dar-lhe a liberdade. Nagaraj então se juntou a um pequeno grupo de monges peregrinos, e com eles tornou-se instruído na literatura sagrada religiosa e filosófica da Índia. Entretanto, não estava satisfeito. Sabendo da existência de um grande siddha, ou mestre aperfeiçoado, de nome Agastyar, no sul, fez uma peregrinação ao templo sagrado de Katirgama, perto da região mais ao sul do Ceilão, a grande ilha ao sul da Índia peninsular. Lá se encontrou com um discípulo de Agastyar, cujo nome era Boganathar. Estudou “dhyana” (meditação) intensivamente e o “Siddhantham”, a filosofia do Siddhas, com Boganathar por quatro anos. Passou pela experiência do “sarvikhelpa samadhi”, ou absorção cognitiva, e teve a visão do Senhor Muruga, a divindade do templo de Katirgama.

Aos 15 anos, Boganathar enviou-o a seu próprio guru, o lendário Agastyar, que era sabido que vivia próximo a Courtrallam, no Tamil Nadu. Após ter executado práticas iogues intensivamente em Courtrallam por 48 dias, Agastyar revelou-se, e o iniciou em Kriya Kundalini Pranayama, uma técnica respiratória poderosa. Então orientou o menino Nagaraj para ir a Badrinath, nos altos Himalaias, e praticar tudo que tinha aprendido, intensivamente, para transformar-se em um “siddha”. Pelos 18 meses seguintes, Nagaraj viveu sozinho em uma caverna onde praticava as técnicas iogues que Boganathar e Agastyar lhe ensinaram. Ao fazer isso, rendeu seu ego, subjugando-o até o nível das células de seu corpo, ao Divino, que nele desceu. Transformou-se num siddha, aquele que se rendeu ao poder e à consciência do Divino! Seu corpo era já não sujeito aos martírios da doença e da morte. Transformado, como um Maha ou um grande siddha, dedicou-se pessoalmente ao aprimoramento espiritual da humanidade sofrida.

Longevidade de Babaji

Desde aquele tempo, Babaji continuou a guiar e inspirar alguns dos maiores santos da história e de muitos professores espirituais, no cumprimento de sua missão. Entre estes se incluem Adi Shankaracharya, o grande reformador do Hinduismo do século 9º d.C., e Kabir, o santo do século 15 amado pelos Hindus e por muçulmanos. É dito que ambos foram iniciados pessoalmente por Babaji, e referem-se a ele em suas escritas. No século 19, Madame Blavatsky, a fundadora da sociedade de Teosofia, o identificou como “Matreiya”, o Buddha vivo, ou o “Professor do Mundo para a era vindoura”, como descrito no livro de C.W. Leadbetter “Os Mestres e o caminho” (Masters and the Path).

Apesar de Babaji preferir permanecer obscuro e invisível aos outros, ocasionalmente Ele Se revela ao seus discípulos e devotos,capturando seus corações de várias formas de relações devocionais na qual Ele sempre os orienta no desenvolvimento de seus caminhos. Seus relacionamentos com cada um de nós é único e de acordo com nossas necessidades individuais e nossa natureza. Ele é nosso Guru pessoal. Quando nosso coração se expande em comunhão com Ele culmina com “a visão universal do amor”, onde é possível testemunhar Babaji em tudo.



Babaji Revive a Kriya Yoga

Babaji reviveu a Kriya Yoga, descrita por Patanjali em seus famosos “Yoga Sutras”. Nele ele descreve a Kriya Yoga (cap II.1) como “prática constante, (particularmente pelo cultivo do desapego), o auto-estudo e devoção ao Senhor.” Entretanto, juntamente com o que Patanjali descreveu como Kriya Yoga, Babaji adicionou os ensinos do tantra, o que inclui o cultivo da “kundalini,” o grande potencial de poder e consciência, através do uso de respirações, mantras e práticas devocionais. Sua síntese moderna do “Kriya Yoga” inclui uma rica variedade de técnicas. Foi em 1861 que Babaji iniciou Lahiri Mahasaya no poderoso sistema de Kriya Yoga.



Outras técnicas de Kriya Yoga são reveladas por Babaji

Durante um período de seis meses em 1954, em seu ashram perto de Badrinath, nos Himalaias de Garwhal, Babaji iniciou S.A.A. Ramaiah em um sistema completo de 144 Kriyas, ou técnicas práticas, envolvendo posturas, respirações, meditações, mantras e técnicas devocionais. Ramaiah floresceu como um iogue, e começou uma missão mundial de trazer este sistema, nomeada de “Kriya Yoga de Babaji” a milhares dos aspirantes EM TODO O MUNDO.

Felizmente, Babaji às vezes sai detrás dos véus do anonimato, que é tão útil ao seu trabalho. Babaji apareceu ao Swami Satyaswarananda nos montes de Kumaon, no Himalaia, no início dos anos 70 e deu-lhe a atribuição de traduzir e de publicar as escritas de Lahiri Mahasaya. Isto ele fez em uma série de livros intitulados “Os Clássicos do Sânscrito” ("Sanskrit Classics"), em sua casa em San Diego, Califórnia. Shibendu Lahiri, um dos bisnetos de Lahiri Mahasaya, diz também ter sido visitado por Babaji, em sua casa, nos final dos anos 80. Babaji disse abençoá-lo em seus esforços de ensinar a Kriya Yoga pelo mundo inteiro. Babaji deu seu “darshan” no plano vital ao autor, M. Govindan, em outubro 1999, em duas ocasiões. Isto ocorreu 30 quilômetros ao norte de Badrinath, em uma altura de quase 5.000 metros, na nascente do rio de Alakananta. Durante estas visitas, Babaji apareceu-lhe com uma juventude radiante, com seu cabelo cor de cobre, envolto em um “dhoti” branco (túnica) simples com um tecido envolvendo a cintura, permitindo que Govindan lhe tocasse os pés.



A Realização de Babaji

Não podemos realmente saber quem Babaji é, ou mesmo começar a conceber a sua grandeza, sem apreciar a cultura do Siddhas dos quais ele emergiu. Ao invés de procurar alguma escapatória em algum paraíso terreno, o Siddhas procuraram render seu ser por inteiro ao Divino, após terem realizado a presença do Divino dentro de si mesmos, e permitir que Ele se manifestasse em todos os níveis. Procuraram uma transformação completa de nossa natureza humana.

O livro “Thirumandiram”, escrito pelo Siddha Thirumoolar, do 2º ao 4º século d.C., possui 3.000 preciosos versos, que revelam a essência e a profundidade das realizações de Siddhas. Nossa pesquisa revelou que Thirumoolar era um discípulo de Boganathar, guru de Babaji e de Patanjali (um dos melhores teóricos conhecidos do Yoga). Uma vez que a maioria da literatura dos Siddhas não foi traduzida de sua língua nativa do Tamil e do Sânscrito, existem poucos bons estudos. Os mais notáveis são os livros “Os poetas dos poderes” (Poets of the Powers) do Dr. Kamil Zvelibil , e “O corpo Alquímico” (The Alchemical Body) do professor David Gordon Branco. Estes dois trabalhos acadêmicos demonstram a extensão considerável das realizações notáveis do Siddhas, e revelam que Babaji não era nenhum extraterrestre. Eles manifestam o que Sri Aurobindo mencionou e aspirou para toda a humanidade: “a transformação supra-mental” de nossa natureza humana, talvez o próximo passo do nosso processo evolucionário. Assim, ele não é nosso salvador. Nem é o fundador de nenhuma religião. Não procura nossa adulação ou mesmo nosso reconhecimento. Como todo Siddha, rendeu-se completamente ao Ser Supremo, a Suprema Abstração, e como um instrumento divino, traz para este mundo obscuro a luz alva da consciência, da alegria incondicional e da paz suprema. Possam todos alcançar este grande potencial humano.


http://www.babajiskriyayoga.net/portuguese/babaji.php

http://www.hariharanandakriyayoga.org/port/p_who_we_are/p_kriya/p_kriya_linage.htm

http://www.kriya.org.br/
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